Professor Associado da Universidade Federal da Bahia, Dr. Marcelo Cunha conta que a formação dos residentes em cirurgia plástica passou por grandes transformações com a chegada da pandemia na região. Como a maioria das atividades práticas foi suspensa, os dois serviços existentes no Estado se uniram para elaborar uma grade teórica mais produtiva.
Nesse processo, muitas reflexões estão sendo feitas para modernizar o ensino, levando em consideração eventuais conflitos de geração. “Hoje a educação é bem diferente. Ela é mais intuitiva, com uso de tecnologias”, constata o Dr. Marcelo. Até a nova experiência familiar, com os filhos estudando em casa, está auxiliando neste desafio.
Pai de duas crianças, um menino de nove anos e uma menina de seis, o cirurgião plástico tem passado as suas manhãs auxiliando os filhos na adaptação ao ensino à distância. “Isso fez com que eu entendesse muita coisa e está ajudando também na relação com os residentes”, diz.
Além disso, o cirurgião plástico fala sobre as medidas adotadas em sua clínica particular, que está aos poucos retomando as atividades. E revela que a telemedicina tem sido uma importante aliada no atendimento aos pacientes.
Sobre o impacto da pandemia na Bahia, Dr. Marcelo conta que tem percebido um grande esforço das pessoas para seguir as orientações contra a pandemia e até o momento da entrevista, no início de maio, o avanço da doença estava em ritmo compatível com a capacidade do sistema público de saúde.
A entrevista foi concedida ao secretário geral da Regional São Paulo, Dr. José Octavio Gonçalves de Freitas, com participação do presidente, Dr. Felipe Coutinho. A iniciativa é parte da série “COVID-19: O Cirurgião Plástico na Linha de Frente”, em que a Regional São Paulo reúne depoimentos de especialistas sobre o impacto da pandemia na vida profissional e pessoal.
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