Muito antes da pandemia, o cirurgião plástico Dr. Luis Fernando Perin já estava engajado em questões que hoje ganharam evidência na área médica, como o ensino a distância e a telemedicina. Agora, o especialista conta que está em ritmo puxado de trabalho, para atender às demandas crescentes de aulas e cursos, bem como aperfeiçoar os serviços de sua startup, focada na gestão da carreira médica.
Em entrevista ao presidente da Regional São Paulo, Dr. Felipe Coutinho, e ao secretário geral da entidade, Dr. José Octavio Gonçalves de Freitas, Dr. Perin resgata a sua trajetória profissional, recorda as passagens pela Santa Casa e outros momentos marcantes, como o dia em que lecionou na Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, e fala sobre planos para o futuro.
“Tudo que sempre sonhei quando fui ser médico era ajudar o próximo. Logo percebi que poderia ajudar muita gente, mas um a um. Na educação, posso potencializar a forma de ajudar as pessoas”, conta o Dr. Perin. “A educação sempre foi e sempre será algo transformador”, afirma.
Sobre telemedicina, o cirurgião plástico acredita que esse momento de pandemia irá gerar transformações definitivas na relação médico-paciente. “O atendimento a distância poderá substituir os retornos”, diz o especialista. Ele ressalta, contudo, que é preciso usar uma plataforma adequada, com a devida proteção de dados, e estabelecer processos para viabilizar a telemedicina da melhor forma. “É preciso bom senso. Quando o paciente tem uma dúvida simples, pontual, ela pode ser esclarecida por whatsapp e sem cobrança”, diz.
Além disso, o Dr. Perin alerta para a postura de cobrar menos em consultas virtuais. Ele ressalta que o paciente está em busca do conhecimento do médico e não importa se isso é feito presencialmente ou por telemedicina. “Não podemos nos desvalorizar logo na largada”, afirma.
O cirurgião plástico fala também sobre o trabalho em sua startup, focado na gestão de carreira na medicina. “Não aprendemos a cobrar, a entender e negociar contratos, ou a administrar a nossa remuneração. São desafios no atendimento a pacientes particulares e na relação com convênios médicos”, avalia. Essas questões são tratadas em cursos oferecidos por sua empresa.
A entrevista é parte da série “COVID-19: O Cirurgião Plástico na Linha de Frente”, iniciativa que tem reunido depoimentos de cirurgiões plásticos atuantes em diversos segmentos da especialidade, para mostrar o impacto da pandemia na vida pessoal e profissional.
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