Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica - Regional São Paulo

Estratégias para a prevenção de seroma pós-operatório

Atualmente, há evidências conflitantes sobre a efetividade das várias estratégias para prevenção de seroma pós-operatório. Muitos estudos de alta qualidade foram realizados para avaliar essas estratégias, porém o número de pacientes foi pequeno. Em um estudo publicado em julho de 2016 no periódico Plastic and Reconstructive Surgery, cirurgiões plásticos de Ohio (Estados Unidos) fizeram uma revisão sistemática de estudos com os maiores níveis de evidência (nível I e nível II) sobre a prevenção de seroma pós-operatório.

A pesquisa foi realizada na base de dados Pubmed, incluindo estudos comparativos em humanos, nível I e nível II, que avaliaram estratégias para a prevenção de seroma pós-operatório, definido como um acúmulo de fluído seroso pós-operatório detectável ao exame físico. Os dados de todos esses estudos foram compilados e uma revisão sistemática foi realizada para avaliar a efetividade de cada estratégia.

No total, 75 estudos foram incluídos, compreendendo 7.173 pacientes. As estratégias consideradas efetivas para prevenção de seroma foram o uso de drenos de sucção fechados; a manutenção dos drenos até seu volume de drenagem reduzir-se ao mínimo; a obtenção de um gradiente de pressão elevado nos drenos; o uso de dissecção com lâmina ou ultrassônica em vez do cautério; a dissecção do abdome em um plano superficial à fáscia de Scarpa; a ligadura de vasos sanguíneos com suturas ou clipes; o uso de múltiplas suturas de adesão ou ancoragem; o uso de cola de fibrina, trombina ou talco; e a imobilização pós-operatória do sítio cirúrgico. A compressão do local da cirurgia não preveniu o acúmulo de seroma.

O seroma é uma complicação comum e frustrante no âmbito da cirurgia plástica. Como conclusão, os autores demonstraram que estratégias simples podem ser usadas para reduzir o risco dessa complicação. A íntegra desse artigo pode ser acessada em: http://migre.me/uiEA0