Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica - Regional São Paulo

Novo método de estudo para avaliar resultados de cirurgias e procedimentos de rejuvenescimento facial

Um novo estudo publicado no Aesthetic Surgery Journal mostra que um exame denominado Estereofotogrametria Tridimensional (3D) ajuda a quantificar a distribuição de volume facial após procedimentos de rejuvenescimento e, portanto, pode ser uma boa ferramenta para avaliar os resultados das cirurgias estéticas faciais. Segundo os autores, a tecnologia pode ser utilizada na prática diária ou, até mesmo, como instrumento de medição em pesquisas que visem compreender as mudanças dinâmicas de rejuvenescimento facial. Além disso, o método vale ainda para quantificar a longevidade das técnicas de rejuvenescimento.

“Nesta pesquisa, estávamos tentando avaliar se a gordura que estávamos utilizando para volumização, especialmente durante cirurgias faciais, poderia ser quantificada, para que possamos chegar a formas e a resultados mais previsíveis”, diz o autor do estudo Steven R. Cohen, MD, professor de cirurgia plástica da Universidade da Califórnia, em San Diego.

Os pesquisadores liderados por Cohen fizeram imagens em 3D pré-operatórios e pós-operatórios em nove pacientes submetidos a Face Lift, e combinados com enxerto de gordura. As imagens pós-operatórias foram registradas em média 4,8 meses após a cirurgia, usando pontos de superfície facial cirurgicamente inalterados. Foi usado o software de imagens 3D para criar uma análise colorimétrica tridimensional das mudanças de volume no pós-operatório e realizadas medições de volume quantitativos.

Os pesquisadores constataram que a região frontal, temporal e malares são áreas em que o aumento de volume foi consistente e duradouro, ao passo que nos sulcos nasolabiais, linhas de marionete e na região mentoniana houve alterações negativas de volume no seguimento dos pacientes.

Os autores concluem que ter um método relativamente barato e não-radiológico é uma opção mais simples para quantificar os resultados a longo prazo.

Dr. Cohen relata também que as especialidades de cirurgia estética estão se movendo de fotografia bidimensional para imagens 3D e um dia a opção 3D será padrão.”E parece provável no futuro que vamos utilizar não só fotos 3D, mas também vídeos tridimensionais para documentação e análise de nossos pacientes. O valor preditivo desta tecnologia ainda não está completamente definido, mas com a evolução da tecnologia ela se tornara mais objetiva.”

 

Referência: Mailey B, Baker JL, Hosseini A, et al. Avaliação das alterações de volume facial após cirurgia de rejuvenescimento usando uma câmera de 3-dimensional. Aesthet Surg J. abr 2016; 36 (4): 379-

http://dx.doi.org/10.1093/asj/sjv226