Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica - Regional São Paulo

SCAR-Q: novo instrumento pode aprimorar a avaliação para tratamento de cicatrizes

Todos os anos, milhões de pessoas adquirem cicatrizes. Uma revisão da literatura de resultados relatados pelo paciente (PRO) identificou limitações de medidas específicas para as cicatrizes existentes. O objetivo deste estudo foi desenvolver um novo instrumento de avaliação, chamado SCAR-Q, para crianças e adultos com lesões cirúrgicas, traumáticas e cicatrizes de queimadura.

Realizou-se uma análise secundária dos conjuntos de dados qualitativos usados no desenvolvimento de instrumentos PRO para cirurgia plástica e reconstrutiva, que são: AMOSTRA-Q, CARA-Q, CORPO-Q e CLEFT-Q.

A palavra-chave “scar” foi usada para extrair textos específicos sobre cicatriz. Os dados foram analisados para identificar conceitos de interesse e formar um pool abrangente de itens.

As escalas foram desenvolvidas e refinadas por meio de múltiplas rodadas de entrevistas cognitivas com pacientes, além de contribuições de especialistas clínicos, entre julho de 2015 e dezembro de 2016.

Um total de 52 crianças e 192 adultos dos conjuntos de dados qualitativos fornecidos entre um e 34 códigos específicos da cicatriz (n = 1.227) foram analisados. A análise levou à identificação de três domínios-chave para os quais escalas foram desenvolvidas: aparência da cicatriz (tamanho, cor, contorno, etc), os sintomas da cicatriz (doloroso, apertado, coceira, etc) e impacto psicossocial (sentindo-se autoconsciente, incomodado pela cicatriz, etc).

Entrevistas cognitivas com 25 adultos e 20 participantes pediátricos com cicatrizes, além de feedback de 27 especialistas clínicos, levou à reformulação e remoção e adição de itens. Essas etapas garantiram a validade de conteúdo para o SCAR-Q em uma ampla gama de cicatrizes.

O SCAR-Q está agora sendo testado em campo. Depois de concluído, antecipamos que o SCAR-Q será usado na prática clínica e em ensaios clínicos para testar diferentes terapias para cicatrizes.

Leia mais aqui:
https://journals.lww.com/prsgo/Fulltext/2018/04000/Development_of_a_New_Patient_reported_Outcome.4.aspx