O periódico científico PRS-Global Open publicou, em abril, uma revisão sistemática dos casos de amaurose associados a preenchimento facial. Dos 190 casos analisados, 47% foram associados à injeção isolada de gordura, número maior do que os relacionados a preenchimento com preparações de ácido hialurônico (28%). O restante foi relacionado a outros tipos de preenchedores.
Analisando cada caso individualmente, o trabalho mostra que o uso de ácido hialurônico pode ser tratado, total ou parcialmente, com injeções emergenciais de hialuronidase, desde que o tratamento seja instituído no período de 60 a 90 minutos após o preenchimento.
Com isso, as cegueiras associadas ao ácido hialurônico demonstraram menor gravidade do que as associadas a preenchimento com gordura.
Embora seja uma complicação infrequente, com estimados 3 casos para cada 10 mil usos de ácido hialurônico, a gravidade da consequência demanda especial atenção e é importante estar preparado para realizar o tratamento imediato com hialuronidase. A demora em iniciar a enzima pode impedir a recuperação, pois em casos em que ela foi iniciada com 4 horas de sintomas não houve reversão do quadro de perda de visão.
Leia mais aqui: https://journals.lww.com/prsgo/Fulltext/2019/04000/Soft_tissue_Filler_associated_Blindness__A.1.aspx
