Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica - Regional São Paulo

Estudo propõe reconstrução mamária híbrida pré-peitoral

A reconstrução mamária híbrida, isto é, a combinação de transferência de tecido livre com colocação simultânea de implantes, possui vantagens bem conhecidas. Em uma tentativa de minimizar a morbidade e simplificar o procedimento, cirurgiões plásticos da University of Pennsylvania e da Stanford University, ambas dos Estados Unidos, modificaram sua abordagem de rotina, escolhendo uma abordagem pré-peitoral. O artigo foi publicado no periódico Plastic and Reconstructive Surgery, de novembro de 2018.

Foi realizada uma análise retrospectiva de pacientes submetidos à reconstrução mamária imediata, com retalho microcirúrgico, havendo a inclusão simultânea de implante pré-peitoral. Os resultados clínicos e as complicações pós-operatórias foram examinados.

O estudo engloba 23 pacientes com idade média de 46,6 anos e índice de massa corporal médio de 25,8 kg/m2. Elas formam submetidas à reconstrução com 46 retalhos livres e colocação de implante de silicone pré-peitoral. O volume do implante mais comum foi de 210 cc (variação de 150 a 255 cc).

As complicações pós-operatórias incluíram hematoma (n=1, 4,3%), necrose do retalho cutâneo de mastectomia (n=5, 21,7%), necrose gordurosa (n=3, 13%) e retardo da cicatrização no local doador do retalho (n=4, 17,4%).

Nenhum caso de mau posicionamento do implante, infecção do implante, perda do retalho ou síndrome da “mama vermelha” foi encontrado durante um acompanhamento médio de 8,4 meses (variação de 2 a 17 meses).

Como conclusão, os autores afirmam que a reconstrução mamária híbrida pré-peitoral é um procedimento seguro, que combina os benefícios da reconstrução autóloga e baseada em implantes.

Embora a transferência de tecidos moles bem vascularizados permita a reconstrução do posicionamento mamário natural, a adição de um implante proporciona a projeção desejada, mas sem estar associada a complicações como ondulação (“rippling”) ou deformidade de movimentação.

Leia mais aqui:
https://journals.lww.com/plasreconsurg/Fulltext/2018/11000/Hybrid_Prepectoral_Breast_Reconstruction___A.1.aspx