Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica - Regional São Paulo

Estudo experimental analisa os resultados da “nanofat”

O enxerto de gordura autóloga é comumente usado para aumento e reconstrução de tecidos moles. No entanto, essa técnica é limitada por uma alta taxa de absorção de enxerto. Assim, as abordagens para melhorar a sobrevivência do enxerto de gordura que promove a neovascularização são de grande interesse.

A gordura emulsificada proposta por autores belgas há alguns anos (nanofat) possui vários recursos benéficos que podem tornar o enxerto mais adequado para aplicações clínicas do que outras abordagens baseadas em células-tronco. Assim, um grupo de pesquisadores chineses publicou na edição de dezembro de 2017 do Aesthetic Surgery Journal (ASJ) uma pesquisa que buscou analisar experimentalmente se a nanofat poderia aumentar a formação de novos vasos e melhorar a retenção do enxerto a longo prazo.

Para obtenção do enxerto, a gordura foi processada por meio de emulsão mecânica e filtração. Os enxertos de gordura foram transplantados subcutaneamente sob os cabelos escuros de camundongos nus com diferentes volumes de nanofat ou sem nanofat. A gordura enxertada foi dissecada 12 semanas após o transplante. O peso e o volume do enxerto foram medidos, e foram realizadas avaliações histológicas, incluindo a medição da densidade capilar.

Como resultado, o transplante de gordura com nanofat mostrou maior peso no enxerto e retenção de volume, melhor estrutura histológica e maior densidade capilar em comparação aos controles. No entanto, não houve diferenças significativas entre os dois volumes de gordura utilizados.

Os pesquisadores concluíram que a nanofat pode melhorar a neovascularização e a sobrevivência do enxerto de gordura, fornecendo uma abordagem clinicamente viável e potencial para suplementação de enxerto de gordura em cirurgia plástica e reconstrutiva.

Leia mais: https://doi.org/10.1093/asj/sjx211