Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica - Regional São Paulo

Estudo compara projeção glútea do implante e do retalho em pacientes pós-bariátrica

As deformidades e o excesso de pele resultante da perda maciça de peso são corrigidos por meio do body-lift (elevação circunferencial – LBL). Entretanto, a região glútea frequentemente se torna achatada devido à excisão agressiva da pele durante o LBL. Os implantes de glúteo podem supostamente resolver esse problema, por isso foram alvo de um estudo realizado por pesquisadores franceses, cuja publicação está na edição de novembro de 2017 do Aesthetic Surgery Journal (ASJ).

Foram avaliados objetivamente os resultados do aumento glúteo com implantes contra a cirurgia de retalhos autólogos realizada simultaneamente com body-lift, em pacientes operados entre janeiro de 2014 e junho de 2015.

Vinte e sete casos tiveram a LBL com implantes de glúteo (10 pacientes), retalho (14 pacientes) ou nenhum aumento de glúteo (três pacientes). Realizou-se análise tridimensional para avaliar a projeção glútea pré-operatória e, novamente, aos seis meses. Ganho em projeção, pontuação de dor, complicações e satisfação do paciente e cirurgião foram comparados posteriormente. A duração média do seguimento foi de 18 meses.

Como resultados, os autores obtiveram ganho médio na projeção glútea aos seis meses de pós-operatório de 4,9 mm no grupo do implante, -0,5 mm no grupo dos retalhos (P = 0,1) e -9,6 mm no grupo controle.

O volume médio do implante foi de 294,5 ml. O tempo de operação foi menor no grupo dos retalhos autólogos (192 min) do que no grupo dos implantes (218 min, P = 0,001). A satisfação do cirurgião foi maior no grupo do implante (P = 0,007). Os implantes foram mais dolorosos do que os retalhos aos quatro dias e duas semanas (P = 0,004 para ambos). Houve seis complicações menores (60%) no grupo do implante versus sete (50%) no grupo da aba (P = 0,94).

Os pesquisadores concluíram que em pacientes selecionados, o body-lift com implantes de glúteo é seguro e aumenta ligeiramente a projeção glútea.

 

Leia mais: https://academic.oup.com/asj/article-abstract/37/9/1012/3111461?redirectedFrom=fulltext