Recente estudo publicado em abril no Aesthetic Surgery Journal descreve importantes detalhes técnicos da abordagem cirúrgica dos ligamentos de retenção cervicais. Estes ancoram o platisma e os tecidos moles do pescoço à fáscia cervical profunda e estruturas ósseas profundas.
Os autores procuraram descrever as dimensões anatômicas dos ligamentos de retentores do pescoço e sua relação com o músculo platisma, a fim de melhor compreender o sistema ligamentar de retenção cervical e como ele limita o movimento do músculo durante a ritidoplastia.
Foram realizadas dissecções em 20 hemifaces de cadáveres frescos nas quais ligamentos de retenção cervicais foram dissecados e tiveram a sua extensão mensurada. As extensões anteriores (larguras) do ligamento cervical foram registadas em três pontos anatómicos em cada hemiface: (1) nível do bordo inferior da mandíbula; (2) parte superior da cartilagem tireoide; e (3) nível da cartilagem cricóide.
Como parte dos resultados obtidos, a largura média dos ligamentos de retenção cervicais na região do pescoço foi de 15,3 mm. A largura diminuiu significativamente conforme se tornou mais inferiormente posicionada a partir do topo do pescoço nos pontos de medição anatómicas, medindo 17,1 mm, 16,1 mm e 12,6 mm (P <0,05).
Os pesquisadores concluíram que os ligamentos de retenção do pescoço são os mecanismos de apoio do músculo platisma no pescoço. Enquanto anteriormente descrito apenas de forma qualitativa, esse estudo quantifica a extensão anterior dos ligamentos e como eles se insinuam lateralmente ao músculo.
Como esses ligamentos “amarram” o platisma com uma extensão média de 1,5 cm, uma elevação lateral do músculo com pelo menos esse comprimento poderia aumentar a capacidade de mobilização muscular e melhorar os resultados cirúrgicos no neck-lift.
Leia mais: https://doi.org/10.1093/asj/sjw274
