A rinoplastia está entre os procedimentos mais comumente realizados por cirurgiões plásticos. Mesmo quando realizada por cirurgiões experientes, a rinoplastia pode estar associada com efeitos adversos, incluindo revisões cirúrgicas.
Neste artigo, publicado no periódico Plastic and Reconstructive Surgery (PRS), em março de 2020, pesquisadores norte-americanos conduziram uma revisão sistemática sobre os efeitos adversos após rinoplastias estéticas, funcionais ou combinadas.
Utilizando recomendações específicas para condução de revisões sistemáticas (PRISMA) e critérios de inclusão e exclusão bem delineados, estudos observacionais e ensaios clínicos controlados foram selecionados a partir de uma busca nas principais bases de dados (MEDLINE, EMBASE e Cochrane Library). Os dados de interesse foram coletados por dois revisores, com opiniões conflitantes sendo resolvidas por consenso.
Entre um total de 3.215 publicações potencialmente elegíveis, 36 estudos (32.418 pacientes) foram finalmente incluídos e selecionados para análise.
Inúmeros tipos de eventos adversos foram descritos, incluindo necessidade de revisão (irregularidades, assimetrias, espiculas ósseas, entre outras), 0-10,9%; sinéquias, 0-56,3%; infecção, 0-4%; deiscência, 0-5%; sangramento, 0-4,1%; perfuração septal, 0-2.6%; descoloração da pele, 1,7-21,8%; obstrução de via área requerendo revisão, 0-3%; cicatriz hipertrófica, 0-1,5%; alteração de consistência, 2-2,5%; hiposmia / anosmia, 0-1.3%; dormência / parestesia, 4-49,1%; granuloma, 5%; e seroma, 7,4%.
Tais dados podem auxiliar os cirurgiões plásticos na confecção do consentimento informado, no aconselhamento pré-operatório e no gerenciamento das expectativas dos pacientes.
Leia o estudo completo aqui:
https://journals.lww.com/plasreconsurg/Fulltext/2020/03000/Incidence_of_Postoperative_Adverse_Events_after.17.aspx
