Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica - Regional São Paulo

Estudo analisa três técnicas para reconstrução de microtia em pacientes com microssomia hemifacial

A microtia em paciente com microssomia hemifacial representa um grande desafio a cirurgiões plásticos mundo afora porque existe deficiência de volume de pele. Em busca de mais informações sobre técnicas de cobertura na reconstrução da microtia, pesquisadores da Coreia do Sul revisitaram casos de pacientes que foram operados em seu centro, no hospital universitário da Universidade da Coreia, e tiveram as constatações publicadas em dezembro na Plastic and Reconstructive Surgery (PRS).

Um total de 52 casos, de pacientes com microssomia hemifacial submetidos à reconstrução entre 2006 e 2016, foram incluídos no estudo. Os pacientes foram analisados retrospectivamente, examinando registros médicos e dados fotográficos.

Todos os casos reconstruídos foram acompanhados por seis meses a 10 anos (mediana de 33 meses). A média do escore de satisfação do cirurgião plástico foi de 8,2 (mediana de 9) para a técnica embutida e elevação (n = 23); 7,89 (mediana de 8) para a técnica do retalho de fáscia temporo parietal (n = 10); e 6,30 (mediana de 7) para a técnica de expansão subfascial (n = 19).

A diferença de pontuação mediana entre as técnicas embutida com elevação e a expansão subfascial foi estatisticamente significante (p = 0,03).

Os principais fatores que afetaram os resultados estéticos foram orelhas reconstruídas de grande tamanho (11 casos), reabsorção da estrutura da cartilagem (11 casos), cor de pele incompatível (oito casos), eixo diferente (sete casos) e diferentes formas (cinco casos).

A cor da pele incompatível foi significante nos casos tratados com a técnica do retalho de fáscia (p < 0,0001), enquanto a reabsorção da estrutura da cartilagem foi significativa nos casos tratados com a técnica de expansão tecidual (p = 0,004).

Em busca de melhores resultados estéticos, a técnica embutida e de elevação deve ser usada quando o paciente apresenta um grau leve a moderado de linha de cabelo baixa e vestígios remanescentes utilizáveis.

Nos casos que apresentam graus severos de anomalias associadas, a técnica de retalho de fáscia temporo parietal deve ser usada.

Leia mais aqui: https://journals.lww.com/plasreconsurg/Fulltext/2018/12000/Microtia_Reconstruction_in_Hemifacial_Microsomia.32.aspx