“Antes da pandemia, a humanização da medicina já representava uma das bandeiras da minha gestão. Hoje, vejo isso sendo ampliado para todos. Tenho esperança de que vão ressurgir muitos médicos com o perfil do médico antigo, que tem o valor humano, que o paciente valoriza pela proximidade”, diz o presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, Dr. Denis Calazans.
“O país é muito heterogêneo e isso tem reflexo nas nove regionais da Sociedade”
Em entrevista à série “COVID-19: O Cirurgião Plástico na Linha de Frente”, em que a Regional São Paulo faz um registro histórico sobre o impacto da pandemia no cotidiano dos especialistas, o Dr. Denis conta como tem sido desafiador estar à frente da entidade nessa situação sem precedentes.
“O país é muito heterogêneo e isso tem reflexo nas nove regionais da Sociedade”, diz o presidente. Enquanto as regiões mais afetadas possuem cirurgiões plásticos em hospitais, para atender à crescente demanda de pacientes graves, existem cidades que já avaliam a reabertura gradual dos atendimentos em clínicas particulares e retomada de cirurgias eletivas.
Em suas longas jornadas de trabalho, o presidente da SBCP Nacional tem buscado soluções para o impacto financeiro gerado pela suspensão dos eventos. “Estamos enfrentando esse momento com muita cautela”, conta o cirurgião plástico. Ao mesmo tempo, estão sendo colocados em prática iniciativas de ensino à distância, assim mantendo a promoção da ciência e do aperfeiçoamento profissional dos médicos associados.
No âmbito pessoal, o Dr. Denis revela o que tem feito como válvula de escape para lidar com a quarentena e a pesada rotina de trabalho. Apreciador de vinhos, entusiasta da aviação civil e ciclista adepto a passeios em regiões rurais, o cirurgião plástico também encontra tempo para a leitura e produção de crônicas. “Escrever nos dá a oportunidade para fazer uma leitura da situação sob nova ótica”, comenta.
A entrevista foi concedida ao presidente da Regional São Paulo, Dr. Felipe Coutinho, com participação do secretário geral, Dr. José Octavio Gonçalves de Freitas e do cirurgião plástico Prof. Dr. Rolf Gemperli.