Chefe do Serviço de Cirurgia Plástica do Hospital das Clínicas (HCFMUSP), Prof. Dr. Rolf Gemperli conta como um dos mais importantes complexos hospitalares de São Paulo se preparou para a chegada da pandemia. “O prédio central do Hospital das Clínicas foi esvaziado para montar 200 leitos de UTI”, diz o cirurgião plástico.
Como o prédio abrigava o setor de cirurgia plástica, a especialidade foi deslocada para três destinos, a Ortopedia, o Incor e o ICESP. Conforme os leitos foram sendo ocupados e os atendimentos realizados, houve casos de residentes e assistentes que receberam o diagnostico da Covid-19 e passaram pela recuperação em quarentena. “Quero registrar o reconhecimento da comunidade médica em prol daqueles que foram voluntários no combate à pandemia”, ressalta o Dr. Rolf.
Com o avanço do novo Coronavírus em São Paulo, que já registra oficialmente mais de 47 mil casos, Dr. Rolf revela que muitas descobertas estão sendo feitas diariamente, resultando em novos desafios aos médicos. “Descobrimos que os pacientes, no ventilador, têm que ser pronados. Isto é, eles precisam ficar de barriga para baixo. Assim, em pouco tempo, apareceram úlceras de decúbito na região frontal, no malar, na ponta do nariz, no queixo, nos cotovelos e nos joelhos”, revela o cirurgião plástico.
A entrevista foi concedida ao presidente da Regional São Paulo, Dr. Felipe Coutinho, com participação do secretário geral, Dr. José Octavio Gonçalves de Freitas, e dos cirurgiões plásticos Dr. Juvenal Frizzo Neto, Dr. Rodolfo Lobato e Dra. Maíra Scapolan. Desde o início da pandemia no Brasil, a Regional São Paulo tem entrevistado diversos especialistas para a série “COVID-19: O Cirurgião Plástico na Linha de Frente”, como registro histórico desta crise em saúde.
Além do aspecto profissional, Prof. Dr. Rolf fala sobre o planejamento da carreira acadêmica, bem como os seus desafios, e também conta um pouco sobre a sua vida pessoal.
Veja entrevista com Prof. Dr. Rolf Gemperli
