Um estudo publicado pelo periódico Aesthetic Surgery Journal, em setembro, aponta que a compressão, a tensão e as forças de cisalhamento aplicadas à face durante o sono causam distorções na pele. Isso acontece quando dormimos de lado ou em decúbito ventral. O trabalho também demonstra que esse efeito, associado ao afinamento da pele e à perda de elasticidade, leva a piora do quadro com o passar dos anos.
As rugas também são influenciadas pelo tempo que permanecemos em cada posição. É importante destacar que, ao deitar, a pessoa escolhe conscientemente uma posição e, no decorrer da noite, se reacomoda diversas vezes de forma inconsciente. Essas mudanças se tornam menos frequentes com o passar dos anos, de 27 para 16 movimentos. O decúbito lateral é apontado pelo estudo como a posição mais comum (65%), sendo o restante dividido em decúbito dorsal (30%) e ventral (5%).
Acrescenta-se que, apesar de alguns padrões de rugas reforçarem as linhas de expressão, as rugas do sono tendem a ser perpendiculares a essas linhas e em áreas diferentes. Elas ocorrem mais na região frontal, lábios e região malar; ademais, de maneira distinta das rugas de expressão, que são determinadas pela contração muscular, as rugas do sono se devem às forças mecânicas de compressão sobre a face durante o sono e, portanto, não são tratáveis com toxina botulínica.
O pesquisador responsável pondera que uma forma de minimizar esse tipo de rugas seria limitar a distorção facial durante o sono. Para isso, seria preciso se manter em apenas uma posição, sendo o decúbito dorsal a posição ideal. Também seriam recomendados travesseiros especiais.
Como conclusão, o pesquisador afirma que alguns preenchedores podem ser indicados como tratamento temporário, além dos cuidados cosmecêuticos com a pele. Ele também sugere a utilização de laser indutor de colágeno como possível tratamento definitivo, porém enfatiza que os colegas médicos deveriam orientar os pacientes a evitar as posições laterais, além do decúbito ventral, como preferência ao dormir, evitando a formação das rugas do sono. Leia a íntegra aqui.
