Os exossomas derivados de células-tronco mesenquimais possuem propriedades funcionais semelhantes às células que lhe deram origem, sugerindo que eles podem desempenhar um papel central no reparo e regeneração dos tecidos. Cientes disso, pesquisadores de Boston (EUA), da China e de Taiwan realizaram um amplo estudo, publicado na edição de novembro deste no do PRS Global Open.
Usando lipotransferência, os exossomas foram isolados a partir de células-tronco derivadas de tecido adiposo de camundongo, em meio condicionado, e foram devidamente caracterizados.
Tecidos adiposos foram picotados e misturados com exossomas, células-fonte (lipotransferência assistida por células) ou solução salina, para posterior implante subcutâneo na parte inferior do dorso de camundongos C57 / BL bilateralmente (n = 16 em cada grupo). Os tecidos adiposos transferidos foram coletados e analisados após três e 10 semanas.
Nestes dois períodos de análise, os enxertos de gordura no grupo de exossomas e lipotransferência assistida por células apresentaram melhor integridade da gordura, menos cistos de óleo e fibrose reduzida.
Especificamente na décima semana, as taxas de retenção de enxerto no grupo de lipotransferência assistida por célula (50,9 ± 2,4 %; p = 0,03) e no grupo de exossomas (56,4 ± 1,6 %; p <0,001) foram significativamente maiores do que no grupo de solução salina (40,7 ± 4,7 %).
Investigações posteriores da infiltração de macrófagos, fatores inflamatórios, fatores angiogênicos, fatores adipogênicos e matriz extracelular revelaram que esses exossomas promoveram angiogênese e inflamação precoce hiper-regulada, enquanto nos estágios médio e tardio do enxerto de gordura, eles exerceram um efeito proadipogênico e também aumento do nível de síntese de colágeno de maneira semelhante às células-fonte.
Os exossomas de células-tronco derivadas do tecido adiposo demonstraram efeitos comparáveis aos de suas células-fonte, na obtenção de melhor retenção do enxerto, hiper-regulando a inflamação precoce e aumentando a angiogênese. Esses recursos podem viabilizar o uso de exossomas na terapêutica da medicina regenerativa.
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https://journals.lww.com/plasreconsurg/Fulltext/2019/11000/Exosomes_Are_Comparable_to_Source_Adipose_Stem.21.aspx
