Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica - Regional São Paulo

Técnica demonstra o fechamento de feridas no couro cabeludo em caso de neoplasias

A remoção de neoplasias em couro cabeludo oferece desafios particulares na prática do cirurgião plástico. A pouca distensibilidade do escalpo, o formato convexo craniano e o padrão de vascularização contribuem para que o fechamento primário e os retalhos sejam mais limitados do que em outras áreas do corpo.

Uma solução utilizada é o amplo descolamento, com incisões na gálea aponeurótica, na tentativa de aumentar a mobilidade do tecido. Contudo, existe o risco de comprometer o suprimento sanguíneo. Outra hipótese é a utilização de expansores de pele, com as suas características, como o tempo necessário e o segundo procedimento cirúrgico para atingir o resultado final.

Um artigo publicado na edição de fevereiro de 2018, do Plastic and Reconstructive Surgery, mostra uma solução de execução relativamente simples e que pode ajudar a fechar feridas de até sete centímetros de diâmetro. Inicialmente, é realizado um fechamento (ou tentativa de fechamento) primário, sob tensão, da ferida. Cria-se, percutaneamente, com o uso de agulha, incisões em malha na gálea aponeurótica, aliviando a tensão da sutura da ferida.

Os resultados são interessantes e nos permitem somar mais uma técnica ao arsenal de possibilidades para resolver os problemas que nem sempre são possíveis de prever com exatidão, como os que podem ocorrer durante ressecções ampliadas por margens comprometidas.

Leia o artigo completo
https://journals.lww.com/plasreconsurg/Abstract/2018/02000/Percutaneous_Mesh_Expansion___A_Regenerative_Wound.35.aspx