As linhas glabelares são uma preocupação estética comum e, além do uso da toxina botulínica, várias técnicas minimamente invasivas são desenvolvidas para tratar essas linhas, mas sem sucesso.
Por isso, um grupo de pesquisadores chineses desenvolveu uma técnica para minimizá-las por meio de miotomia percutânea com uma pequena agulha, sendo o procedimento complementado por preenchimento de gordura (lipoinjeção). Os resultados foram publicados na edição de novembro de 2017 do Aethetic Surgery Journal (ASJ).
Sessenta e nove pacientes foram submetidos ao tratamento das linhas em um estudo prospectivo. A miotomia percutânea dos músculos corrugador e procerus foi conduzida com uma pequena agulha com ponta de bisturi, sendo que a gordura autóloga foi transferida para a região glabelar no mesmo ato.
Dois pesquisadores independentes avaliaram a melhora das linhas aplicando a escala de rugas faciais de Merz no pré-operatória e pós de seis meses. A melhoria por ≥1 ponto foi considerada como uma resposta ao tratamento. Os pacientes também realizaram uma autoavaliação com base na Escala de Melhoria Estética Global. O período médio de seguimento foi de oito meses.
Como resultado, os avaliadores determinaram que as linhas frontais da região glabelar de 62 pacientes (89,9%) responderam ao tratamento. Para quatro pacientes (5,8%), as linhas foram parcialmente melhoradas e, para 3 pacientes (4,3%), simplesmente não melhoraram. Em uma autoavaliação, 64 pacientes (92,8%) perceberam melhora nas linhas em seis meses pós-operatório. Não foram registradas graves complicações.
Os autores, portanto, concluíram que o tratamento de linhas frontais glabelares por miotomia percutânea e lipoinjeção é confiável e minimamente invasivo.
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