Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica - Regional São Paulo

Nova técnica de sutura para fixação do septo nasal tratado de forma extracorpórea

Deformidades septais severas requerem tratamento adequado para restabelecer forma e função. Nesses casos, se faz necessária a septoplastia extracorpórea. Contudo, o procedimento requer técnica apurada e, mesmo assim, está mais sujeito a complicações estéticas, principalmente em função das falhas de refixação do neoseptol.

A edição de agosto do Plastic and Reconstructive Sugery (PRS) traz um artigo sobre uma nova técnica de sutura, que promete eliminar a chance de falha.

Os autores desenvolveram um estudo retrospectivo de 110 septoplastias extracorpóreas realizadas em um hospital universitário de Stuttgard, Alemanha, entre janeiro e dezembro de 2014. Os grupos foram divididos pela técnica empregada; os pacientes do Grupo 1 (58) receberam o que foi denominado de cerclagem em zigue-zague transcutânea/transóssea e os pertencentes ao Grupo 2 (52) receberam a técnica de fixação do septo nas cartilagens laterais (normalmente utilizada para tal finalidade).

Os pacientes foram seguidos por 11 meses, em média. Nenhum deles precisou de revisão cirúrgica no Grupo 1, por complicações do dorso ou da Zona K. Entretanto, o Grupo 2 registrou 5 casos (9,6%), o que representa uma diferença estatística significante (p=0,0212). Não houve nenhuma complicação grave, como infecção ou sangramento em nenhum dos grupos estudados.

A conclusão do trabalho é que a técnica de cerclagem transcutânea/transóssea, desenvolvida pelos autores, facilita e reduz significativamente o risco de complicações pós-operatórias nas septoplastias extracorpóreas. Portanto, os autores recomendam a utilização desta na prática cirúrgica em casos de rinoplastias funcionais.

Veja a íntegra do estudo aqui.