Recente estudo publicado por Mário Pelle-Ceravollo, cirurgião plástico italiano, relatou alta taxa de recidiva das bandas do platisma anterior e flacidez da pele submentoniana no seguimento de um ano de 150 pacientes. Eles foram submetidos à abordagem completa do pescoço com transecção total do músculo platisma (TP), técnica utilizada pelo autor para o rejuvenescimento do pescoço.
Entretanto, em recente publicação no Plastic and Reconstructive Surgery (PRS), o médico propõe uma nova técnica que denominou deslocamento cutâneo do platisma lateral (DLP), em que trata esses dois aspectos estéticos usando apenas uma abordagem lateral, evitando incisões no pescoço anterior. O objetivo foi comparar os resultados após a técnica de transecção e a técnica lateral de deslocamento cutâneo do platisma em termos de satisfação do paciente, complicações e eficácia em longo prazo no tratamento de bandas e flacidez da pele.
Foi realizado um estudo prospectivo em 100 pacientes, no qual todos foram operados pelo autor da pesquisa. Questionários de qualidade de vida foram utilizados para avaliar seus níveis de satisfação. Como resultado, observou-se elevada satisfação dos pacientes após ambas as técnicas.
A correção bem-sucedida das bandas em um ano foi observada em 83,5% dos pacientes submetidos ao DLP e 56% dos pacientes no TP. Em relação à flacidez recorrente da pele, 68% dos que receberam DLP não mostraram qualquer recorrência óbvia de excesso de pele em um ano, em comparação com 52% do grupo TP.
O edema prolongado foi a principal complicação, consideravelmente mais frequente nos pacientes submetidos à transecção do músculo.
O autor conclui que os índices de satisfação dos pacientes após um ano de cirurgia foram maiores para os casos tratados com a técnica DLP, que também provou ter uma recuperação mais rápida e melhores resultados na correção de bandas de platisma e da flacidez submentoniana.
Veja o estudo completo aqui
http://journals.lww.com/plasreconsurg/pages/currenttoc.aspx