A moldagem da orelha no período neonatal oferece uma janela de oportunidade para correção de deformidades e malformações auriculares sem cirurgia, muito antes do aparecimento de provocações de colegas, bullying e perda de autoestima.
Neste artigo, cirurgiões plásticos de Dallas (EUA) revisaram o protocolo de tratamento e os resultados após a terapia de moldagem em deformações e malformações da orelha do recém-nascido, utilizando o Sistema EarWell. O estudo foi publicado no periódico Plastic and Reconstructive Surgery (PRS), de março de 2017. Um sistema de classificação para graduar a severidade de malformações da orelha constrita foi criado com base nos achados anatômicos.
Para isso, foi realizado uma revisão retrospectiva de prontuários e fotografias de uma série de bebês tratados com o Sistema EarWell de 2011 a 2014. Os lactentes foram colocados em grupos de deformação ou malformação. Foram identificadas três classes de malformação. Os dados referentes à indicação e duração do tratamento, e qualidade dos resultados foram coletados para todos os pacientes do estudo.
Um total de 175 malformações de orelha e 303 deformidades de orelha do recém-nascido foram tratadas com o Sistema EarWell. A idade média no início do tratamento foi de 12 dias, a duração média do tratamento foi de 37 dias, e foi necessária uma média de seis retornos ambulatoriais.
As malformações tratadas incluíram orelhas constritas (172 orelhas – 98%) e criptotia (3 orelhas – 2%). A “cup ear” (34 orelhas) foi considerada uma malformação constritiva, em contraste com a deformidade de orelha proeminente. As orelhas constritas foram divididas em três classes, indicando gravidade crescente: classe I, 77 orelhas (45%); classe II, 81 orelhas (47%); e classe III, 14 orelhas (8%). A terapia de moldagem com o sistema EarWell reduziu a gravidade em uma média de 1,2 pontos (p < 0,01). As complicações incluíram pequenas escoriações superficiais e abrasões.
Como conclusão, os autores afirmam que o sistema EarWell mostrou ser eficaz na eliminação ou redução da necessidade de cirurgia em todas as malformações auriculares do recém-nascido, exceto nas mais graves.
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http://journals.lww.com/plasreconsurg/Fulltext/2017/03000/Classification_of_Newborn_Ear_Malformations_and.37.aspx
