Fraturar os ossos do corneto inferior durante as rinoplastias é funcional? Estudo responde
A fratura dos cornetos inferiores é amplamente realizada (sozinha ou combinada com outros procedimentos) para resolver a obstrução nasal em rinoplastias. Porém, há relatos conflitantes sobre essa técnica na literatura mundial. Diante disso, um grupo de autores coreanos avaliou a persistência de alterações morfológicas após a fratura dos cornetos inferiores e os resultados foram publicados em fevereiro no Plastic and Reconstructive Surgery (PRS).
Realizou-se um estudo retrospectivo com 55 pacientes que se submeteram a fratura de cornetos inferiores sem cirurgia septal para se aproximar do seio esfenoidal, em casos de remoção de tumor cerebral. Foram comparadas imagens de tomografia computadorizada do seio paranasal coronário pré-operatório e pós-operatório, seis meses depois do procedimento.
Os autores mediram a menor distância da linha mediana até a borda medial do osso conchal e a menor distância da borda medial do osso conchal à linha nasal lateral. Também foi avaliado o ângulo de projeção do osso conchal e a espessura constitucional do corneto inferior.
Dentre os resultados obtidos, ressalta-se que após a fratura dos cornetos inferiores a menor distância da linha mediana até a borda mediana do osso conchal aumentou, enquanto a menor distância da borda medial do osso conchal para a linha nasal lateral diminuiu.
O ângulo de projeção reduziu significativamente seis meses após a cirurgia. Depois da fratura, a espessura da mucosa medial tinha aumentado significativamente, enquanto a espessura do osso conchal tinha diminuído significativamente (p <0,05).
Os autores concluem que o efeito da fratura do corneto inferior é preservado por pelo menos seis meses no pós-operatório. Entretanto, ocorre uma a hipertrofia compensatória da mucosa mediana no corneto inferior após a abordagem da fratura. Portanto, a descontinuidade com redução do volume submucoso medial seria recomendada como o melhor procedimento para o tratamento da hipertrofia de cornetos inferiores.
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http://journals.lww.com/plasreconsurg/pages/currenttoc.aspx
