Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica - Regional São Paulo

Fatores de risco para formação do seroma em mamoplastias

A formação de seroma após cirurgia de aumento mamário apresenta incidência de 1% a 2%. Trata-se portanto de evento altamente problemático para cirurgiões e pacientes, resultando em ansiedade e desconforto do paciente, bem como frequentes visitas ambulatoriais, aumento de custos e potencial piora dos resultados estéticos. Por isso, é mais importante do que nunca estudar o seroma e avaliar sua fisiopatologia e seus mecanismos de prevenção, assunto abordado em recente trabalho publicado por Marcos Sforza e colaboradores do Dolan-Park Hospital, em Birmingham, Inglaterra na edição de março do ASJ (Aesthetic Surgery Journal).

O objetivo do estudo foi isolar e identificar fatores de risco que possam estar associados à formação precoce de seroma. Os autores revisaram 539 mulheres que tinham recebido aumento mamário bilateral com implantes de gel coesivo em silicone, em um período de 12 meses. Cinco fatores de risco possíveis foram isolados para análise: idade do paciente, índice de massa corporal (IMC), tabagismo, posição e tamanho do implante. Um total de 15 pacientes desenvolveram seromas precoces em até um ano após o implante.

Utilizando a regressão logística exata com as variáveis independentes tratadas como variáveis binárias, verificou-se que tabagismo, IMC e tamanho do “pocket” estão associados a risco aumentado de seroma.

Os autores concluíram que IMC elevado, tamanho aumentado do implante, bolso submamário e tabagismo são fatores significativamente associados com o desenvolvimento do seroma, enquanto a idade não. Fumar, no entanto, foi apontado como o fator mais prejudicial por ter amplificado significativamente os efeitos de outras variáveis.

Leia mais aqui. https://doi.org/10.1093/asj/sjw196