São muitas as opções utilizadas para reconstrução mamária autóloga. Em artigo publicado no periódico Plastic and Reconstructive Surgery de novembro de 2017, cirurgiões plásticos americanos realizaram uma força-tarefa para determinar as evidências da reconstrução mamária autóloga com retalho DIEP e retalho TRAM pediculado.
A Sociedade Americana de Cirurgiões Plásticos solicitou que um grupo de trabalho desenvolvesse recomendações para a reconstrução de mama autóloga com retalhos abdominais. Realizou-se uma revisão sistemática da literatura e um rigoroso processo de avaliação foi utilizado para determinar a qualidade e a relevância dos artigos científicos.
Comparando o retalho DIEP (retalho perfurante da artéria epigástrica inferior profunda) e o retalho TRAM pediculado (retalho do músculo reto abdominal transverso), o grupo de trabalho foi incapaz de encontrar evidências de superioridade de uma técnica sobre a outra na reconstrução mamária com tecido autólogo após a mastectomia.
Atualmente, com base nas evidências relatadas, o grupo de trabalho recomenda que os cirurgiões que planejam a reconstrução mamária em seu paciente considerem o seguinte: preferências e fatores de risco do paciente, o local de trabalho do cirurgião (prática acadêmica versus prática privada), recursos disponíveis, as evidências apontadas nesta orientação e, igualmente importante, a experiência técnica do cirurgião.
Embora a superioridade teórica de uma técnica possa existir, isso necessita ser relatado na literatura, sendo necessários estudos futuros metodologicamente robustos e com maior nível de evidência.