Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica - Regional São Paulo

Estudo avalia lipoenxertia com injeções em série e gordura criopreservada a 196 graus negativos

A lipoenxertia já se tornou popular com o primeiro relato, em 2001. O procedimento é eficaz não apenas para aumento de volume, mas também para revitalização tecidual. O principal problema associado ao aumento de volume é a imprevisível taxa de retenção, uma vez que a coleta da gordura precisa ser feita antes da lipoenxertia.

Por conta disso, muitas ideias e dispositivos foram inventados, como a lipoenxertia assistida por células (CAL) e Brava; mesmo assim, esses avanços podem não ser suficientes.

Dessa forma, injeções seriadas se tornaram necessárias para atingir o volume ideal e obter um resultado efetivo. Injeções em série também podem auxiliar com a efetiva revitalização e fertilização da pele.

Outra questão desafiadora sobre o assunto está ligada à preservação da gordura para uso nas injeções em série. Embora muitos pesquisadores tenham concluído que a criopreservação seja útil, quase todos os estudos foram experimentais. Poucos artigos descreveram o uso clínico da criopreservação de gordura.

No presente estudo, verificamos a segurança e a eficácia da gordura criopreservada a -196°C para uso clínico. Entre agosto de 2015 e março de 2017, foram investigados 219 pacientes submetidos à lipoenxertia com a gordura criopreservada a -196°C.

O seguimento variou de três meses a dois anos. Nenhuma complicação ocorreu e todos os desfechos foram satisfatórios. Três casos representativos também foram revisados. A gordura criopreservada a -196°C pode ser utilizada como método útil para enxerto de gordura seriado para uso clínico. No entanto, mais pesquisas envolvendo mais tempo de acompanhamento e achados patológicos são necessários.

Leia mais aqui:
https://journals.lww.com/prsgo/Fulltext/2018/05000/Serial_Injections_of_Cryopreserved_Fat_at__196_C.5.aspx