A crescente conscientização sobre tumores de mama hereditários, notadamente o BRCA1 e o BRCA2, levaram a um maior número de mulheres jovens realizando mastectomias de redução de risco e reconstrução mamária. Os cirurgiões plásticos devem estar familiarizados com as diretrizes de tratamento, os padrões de referência e as necessidades específicas desses pacientes para manejar adequadamente seus cuidados. Cirurgiões plásticos da New York University discutiram esses tópicos em artigo publicado no Plastic and Reconstructive Surgery, de junho de 2018.
O teste genético para BRCA1 e BRCA2 é mais comumente reservado para pacientes com idade maior que a idade de consentimento, e pode ser realizado na população adulta jovem (18 a 25 anos) com o apropriado aconselhamento genético preventivo. Os procedimentos subsequentes de redução de risco geralmente são postergados até pelo menos o final da faixa etária adulta jovem e devem ser considerados de forma individualizada com relação ao nível de maturidade e autonomia da paciente.
As mastectomias profiláticas em mulheres jovens também podem servir para ajudar as necessidades psicossociais únicas dessa população, embora as consequências psicológicas e físicas de longo prazo devam ser consideradas com cuidado.
Com o desenvolvimento da mastectomia poupadora de mamilos e a melhora nas técnicas de reconstrução, a cirurgia de redução de risco se tornou mais aceita na população mais jovem. A reconstrução imediata baseada em implantes é uma técnica reconstrutiva comum nessas pacientes, mas requer ampla discussão sobre metas reconstrutivas, risco de possíveis complicações e implicações a longo prazo. Um apoio abrangente e contínuo, com aconselhamento multiprofissional, é necessário em todo o espectro de atendimento para a mulher jovem de alto risco.
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https://journals.lww.com/plasreconsurg/Fulltext/2018/06000/BRCA_Mutations_in_the_Young,_High_Risk_Female.7.aspx