Embora seja comum na população, a assimetria dos quadris e sua implicação nos procedimentos de contorno corporal ainda carecem de estudos. Ela pode ser responsável pela cicatriz irregular da abdominoplastia e pelas aparentes discrepâncias no volume, após a lipoaspiração dos quadris e flancos.
Em artigo publicado no periódico Plastic and Reconstructive Surgery, de março de 2019, cirurgiões plásticos americanos determinaram a presença de assimetria de quadril em mulheres que se apresentam para cirurgia de contorno abdominal.
A análise de fotografias pré-operatórias de 100 pacientes do sexo feminino foi realizada por três cirurgiões plásticos independentes. Eles foram solicitados a avaliar a assimetria do quadril e, quando presente, determinar qual lado era maior.
O Adobe Photoshop também foi usado para medir objetivamente a assimetria do quadril. As pacientes não tinham história conhecida de anormalidades do quadril; idade entre 17 e 64 anos e índice de massa corporal entre 16 e 47 kg/m².
Os três cirurgiões plásticos revisores descobriram que a maioria das pacientes apresentava assimetria de quadril, com os avaliadores 1, 2 e 3 documentando discrepâncias na altura do quadril em 88%, 60% e 76% das pacientes, respectivamente.
A confiabilidade entre avaliadores foi de 0,713. A análise estatística qui-quadrado sugeriu que os avaliadores não foram estatisticamente diferentes um do outro (p=0,086). A análise objetiva encontrou assimetria em 82% dos pacientes.
Como conclusão, os resultados mostraram que a maioria dos pacientes que se apresenta para cirurgia de contorno abdominal tem quadril assimétrico. Os pacientes geralmente desconhecem o desnível de seus próprios quadris; entretanto, muitas vezes percebem discrepâncias pós-operatórias na altura da cicatriz após abdominoplastia ou diferenças de volume após lipoaspiração.
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https://journals.lww.com/plasreconsurg/Fulltext/2019/03000/Hip_Asymmetry__Implications_in_Body_Contouring.14.aspx