A arnica montana tem uma história de uso medicinal que remonta aos anos 1500. Na busca por alternativas que potencializem a recuperação cirúrgica dos pacientes, muitos cirurgiões têm utilizado compostos farmacêuticos a base dessa substância para diminuir edemas e hematomas no pós-operatório. Entretanto, esse procedimento realmente funciona?
Cientistas holandeses formularam essa questão para realizar um estudo randomizado e duplo cego, com resultados publicados no Plastic and Reconstructive Surgery Journal (PRS).
Foram distribuídos aleatoriamente 136 pacientes submetidos à blefaroplastia superior em dois grupos. O primeiro recebeu creme com 10% de arnica e o outro recebeu placebo. Ambos os grupos tiveram um lado tratado e o outro não (lado controle).
Foi avaliada a aparência periorbitária após três e sete dias, e também depois de seis semanas. Secundariamente, analisou-se a presença de edema, dor, equimoses, eritema e satisfação dos pacientes com a recuperação e o resultado.
O estudo concluiu que não houve diferenças significativas entre os tratamentos com arnica e placebo. Ademais, não houve diferença entre os lados (tratados e não) em ambos os grupos.
Veja a íntegra do estudo aqui
http://journals.lww.com/plasreconsurg/Abstract/2016/07000/Arnica_Ointment_10__Does_Not_Improve_Upper.13.aspx