O cirurgião italiano Mario Pelle Ceravolo publicou recentemente um artigo no Plastic and Reconstructive Surgery (PRS) sobre as suas experiências na transecção completa do músculo platisma, em tratamento de rejuvenescimento cirúrgico do pescoço (neck lift). Ele fez uma detalhada análise crítica dos resultados obtidos com essa técnica.
Foi realizado um estudo prospectivo entre 2010 e 2014, no qual se avaliou a satisfação dos pacientes e as taxas de recorrência de bandas platismais e/ou excesso cutâneo anterior. Cento e cinquenta pacientes foram incluídos no estudo e todos receberam abordagem cirúrgica com completo descolamento da pele, completa transecção do platisma e aproximação das bandas através de abordagem via submento.
Os pacientes foram reavaliados em 3 meses (138 casos) e 1 ano (96 casos), além de responderem questionários de satisfação nos retornos subsequentes.
Após um ano da cirurgia, 48% dos pacientes tratados apresentavam recorrência do excesso de pele e 45% das bandas platismais. Diante disso, o autor conclui que, apesar dos resultados serem considerados bons pela maioria dos pacientes, a técnica apresenta muitas desvantagens. Assim, ele entende que seja mais adequado não recomendá-la como abordagem cirúrgica, devido ao risco de lesões iatrogênicas, ao longo tempo de execução, aos períodos pós-operatórios com recuperação mais longa e lenta que o habitual, além da incapacidade de manter os resultados em longo prazo.
Veja a íntegra do estudo aqui
http://journals.lww.com/plasreconsurg/Abstract/2016/10000/Complete_Platysma_Transection_in_Neck.9.aspx
