O “Dual Plane” é uma variação técnica do plano submuscular descrito como uma especialidade que reduz deformidades de contorno devido à contração do músculo peitoral maior e também menor risco de deformidade de dupla bolha associada à ptose da mama. Apesar da melhora do aspecto estético, ainda não há consenso se esta técnica afeta a função do músculo peitoral maior, assim, um grupo de pesquisadores da UERJ – Brasil publicou na edição e junho de 2017 do Aesthetic Surgery Journal um estudo ao qual correlacionava alterações funcionais com alterações volumétricas associadas à dissecção da origem muscular no aumento mamário submuscular.
Trinta mulheres que desejaram submeter-se a aumento mamário foram selecionadas prospectivamente e aleatoriamente, e foram alocadas para 2 grupos: 10 pacientes no grupo controle e 20 pacientes no grupo intervencionista, que foram submetidos a aumento mamário submuscular. A ressonância magnética e o software volumétrico foram utilizados para avaliar o volume muscular. Já a dinamometria isocinética foi utilizada para avaliar a função do músculo peitoral maior. As medidas pré-operatórias foram comparadas com as de 3, 6 e 12 meses após a cirurgia.
Os resultados obtidos das ressonâncias magnéticas revelaram diminuição significativa do volume muscular aos 6 e 12 meses de seguimento. O teste isocinético realizado durante a adução mostrou uma diferença significativa na força muscular entre os grupos de base para o seguimento de 12 meses e entre o seguimento de 3 e 12 meses. Não foram observadas diferenças significativas na força muscular durante a abdução desde o início até o seguimento de 3, 6 e 12 meses.
Os autores concluíram que o aumento mamário submuscular reduziu a força muscular durante a adução 12 meses após a cirurgia, mas sem uma correlação significativa com a perda muscular volumétrica.
Leia em : https://doi.org/10.1093/asj/sjw239