Uma revisão sistemática de artigos científicos sobre diferenças de gênero no exercício da cirurgia plástica evidencia as disparidades e os preconceitos enfrentados pela mulher. O trabalho identificou 2247 artigos, dos quais 55 foram analisados, e teve as suas conclusões publicadas no Plastic and Reconstructive Surgery.
O estudo abarca artigos publicados entre outubro de 2016 e janeiro de 2017, sem restrições de idioma, sendo a maioria publicada nos Estados Unidos. Uma síntese narrativa da literatura, de acordo com questões temáticas, foi desenvolvida juntamente com o resumo dos dados numéricos relevantes.
Os artigos analisados foram classificados em oito temas: 1. números da força de trabalho; 2. viés de gênero e discriminação; 3. liderança e academia; 4. mentoria e modelos de papéis; 5. gravidez, parentalidade e creches; 6. relacionamentos, equilíbrio trabalho-vida, satisfação profissional; 7. preferência do paciente / público; e 8. aposentadoria e planejamento financeiro.
Apesar da melhoria nos números ao longo do tempo, mulheres especialistas em cirurgia plástica continuam sub-representadas nos Estados Unidos, Canadá e Europa, com prevalência variando de 14% a 25,7%. Na vida acadêmica, a presença de mulheres especialistas em cirurgia plástica é menor do que a dos colegas do gênero oposto. Além disso, elas pontuam menos quando os resultados do sucesso acadêmico são avaliados.
A discriminação, de modo geral, deixou de ser algo evidente e se tornou mais implícita. A maioria dos casos publicados de preconceito está associado à gravidez.
O primeiro passo para abordar os problemas que as mulheres enfrentam no exercício da cirurgia plástica é o reconhecimento e a articulação das questões. Outras pesquisas podem concentrar-se na análise da variação geográfica das questões e no desenvolvimento de intervenções.
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https://journals.lww.com/plasreconsurg/Fulltext/2018/06000/Gender_Inequality_for_Women_in_Plastic_Surgery___A.44.aspx
