Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica - Regional São Paulo

Cuidados agudos e perioperatórios do paciente vítima de queimaduras

O cuidado de pacientes com queimaduras requer conhecimento das alterações fisiopatológicas que afetam virtualmente todos os órgãos desde o início da lesão, até que as feridas sejam restauradas ou cicatrizadas. O edema maciço das vias aéreas e/ou dos pulmões pode ocorrer rapidamente e de forma imprevisível após a queimadura e/ou lesão por inalação.

A hemodinâmica na fase inicial da queimadura grave é caracterizada por redução do débito cardíaco, aumento da resistência vascular sistêmica e pulmonar. Aproximadamente 2 a 5 dias após uma grande queimadura, desenvolve-se um estado hiperdinâmico e hipermetabólico. As queimaduras elétricas resultam em uma morbidade muito maior do que a esperada, com base apenas no tamanho da queimadura.

Fórmulas para ressuscitação hídrica devem servir apenas como diretriz ou guia; os fluídos devem ser titulados para os desfechos fisiológicos. A lesão por queimadura é associada à dor basal e processual, que requer doses de opiáceos e sedativos mais altas do que o normal.

As preocupações do centro cirúrgico para o paciente com queimaduras incluem anormalidades das vias aéreas, comprometimento da função pulmonar, acesso vascular, perda de sangue enganosamente grande e rápida, hipotermia e farmacologia alterada.

Veja o estudo completo aqui: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4844008/