Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica - Regional São Paulo

Correção da diástase reto abdominal: estudo analisa diferentes formas de plicatura

A plicatura da bainha do reto anterior é a técnica mais comumente utilizada para o reparo da diástase reto abdominal, mas é considerado um procedimento que aumenta substancialmente o tempo operatório. Em estudo publicado na edição de junho de 2017 do Aesthetic Surgery Journal, pesquisadores do Departamento de Cirurgia Plástica da UNIFESP – Brasil comparam a eficácia e o tempo necessário para reparar a diástase usando diferentes técnicas de plicatura.

Foram incluídas no estudo trinta mulheres com deformidades abdominais similares, que tiveram pelo menos uma gravidez; elas foram distribuídas aleatoriamente em três grupos para se submeterem à abdominoplastia. A plicatura da bainha do reto anterior foi realizada em duas camadas com sutura de nylon monofilamentar 2-0 (grupo controle), ou em uma única camada com uma sutura contínua de nylon monofilamentar 2-0 (grupo I), ou usando uma sutura contínua com farpas (grupo II). O tempo operatório foi registrado. Todos os pacientes foram submetidos a exame de ultrassom pré-operatório e às 3 semanas e 6 meses pós-operatório para monitorar a recorrência da diástase. A força necessária para trazer a bainha do reto anterior à linha média foi medida nos níveis supraumbilical e infraumbilical.

Como resultados obtidos houve uma diferença significativa no tempo médio de cirurgia entre os grupos controle e estudo (grupo controle, 35 min; grupo I, 14 min; grupo II, 15 min; p <0,001). Três pacientes do grupo II apresentaram recorrência de diástase. Não houve diferenças significativas dentro e entre grupos na força de tração sobre a aponeurose. Os autores concluíram que a plicatura da bainha anterior do reto em uma camada única com sutura contínua mostrou ser uma técnica eficiente e rápida para o reparo da diástase abdominal.

Leia em: https://doi.org/10.1093/asj/sjw263